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Henri Wallon: quem foi e o que sua psicologia ensina para mães, pais e educadores

Henri Wallon: quem foi e o que sua psicologia ensina para mães, pais e educadores

Frederico Leal

Tempo de leitura: 8–10 min

Em poucas linhas

Henri Wallon (1879–1962) foi psicólogo, médico e educador francês que colocou a afetividade no centro do desenvolvimento infantil. Para ele, o bebê se constitui na relação com o outro: corpo, emoção e inteligência crescem juntos, e o meio social (família e escola) participa ativamente da formação da personalidade. Para a educação parental, isso se traduz em rotinas previsíveis, co-regulação emocional e brincadeiras que integrem gesto, voz e pensamento. [1, 2, 3, 4]

Quem foi Henri Wallon

Formado em medicina e filosofia, Wallon atuou como neuropsiquiatra, professor do Collège de France e figura pública na reforma educacional francesa (plano Langevin–Wallon). Sua obra articula clínica, pesquisa e política educacional, com forte atenção ao papel do ambiente e das emoções na aprendizagem e no desenvolvimento. [4]

O núcleo da teoria de Wallon

  • Afetividade como eixo: a emoção organiza o desenvolvimento e antecede a inteligência.
  • Mimese e vínculo: imitação e ritmos compartilhados (olhar, voz, colo) constroem comunicação e pertencimento.
  • Meio social ativo: família e escola não “influenciam” de fora; constituem a criança por dentro, no cotidiano.
  • Do ato ao pensamento: o gesto e o tônus corporal são “linguagens” precoces; a criança passa da ação à representação.
    Referências desta seção: [1, 2, 3]

Por que isso importa na educação parental

  1. Segurança para aprender: previsibilidade no cuidado (rotinas e respostas consistentes) favorece autorregulação.
  2. Aprender com o corpo: jogos tônico-emocionais e imitações são vias legítimas de desenvolvimento.
  3. Relação que pensa: antes de “explicar”, acolher a emoção; o pensamento vem na esteira do vínculo.
  4. Família e escola como meio: coerência entre casa e sala fortalece identidade e cooperação da criança.
    Referências desta seção: [1, 3, 5]

Como aplicar no dia a dia (checklist prático)

[ ] Estabeleça rituais seguros (horários previsíveis para sono, alimentação e estudo). [5]
[ ] Nomeie emoções (“vejo que você está frustrado; vamos respirar juntos?”). [1]
[ ] Brinque de espelho/mimese (imite gestos, expressões; depois troquem papéis). [3, 6]
[ ] Use voz, olhar e ritmo para acalmar (cantar, embalar, falar devagar). [1]
[ ] Conecte corpo e ideia: após a calma, conversem sobre o que aconteceu e combinem alternativas. [2]
[ ] Garanta coerência entre cuidadores (mesmo recado, mesmos limites). [5]

Comparativo rápido: Wallon, Piaget, Vygotsky e Winnicott

  • Wallon: emoção estrutura o desenvolvimento; do gesto ao pensamento; meio social constitui a criança.
  • Piaget: foco em estruturas cognitivas e estágios; emoção é pouco modelada.
  • Vygotsky: desenvolvimento mediado por linguagem e cultura; ZDP e andaimagem.
  • Winnicott: “holding” e presença responsiva; ambiente suficientemente bom integra o self.
    Referências desta seção: [1, 2, 3, 4]

Perguntas rápidas

Cuidar da emoção “estraga” limites?
Não. Co-regular a emoção prepara para o limite com menos conflito e mais aprendizagem. [5]

Imitar a criança é “infantilizar”?
Na primeira infância, a mimese é comunicação e organização do vínculo; é desenvolvimento, não infantilização. [3, 6]
Referências desta seção: [3, 5, 6]

Conclusão

A leitura walloniana convida mães, pais e educadores a reconhecer que aprender é um ato relacional. Quando o adulto oferece previsibilidade, presença afetiva e brincadeiras corporais significativas, a criança integra corpo, emoção e pensamento — e a escola se torna extensão viva desse meio cuidador. [1, 2]
Referências desta seção: [1, 2]

Referências

[1] VAN DER VEER, R. Henri Wallon’s Theory of Early Child Development: The Role of Emotions. Developmental Review, 1996. DOI: 10.1006/drev.1996.0016. Link: ScienceDirect (Elsevier).

[2] NETCHINE-GRYNBERG, G. The Theories of Henri Wallon: From Act to Thought. Human Development, 1991. DOI: 10.1159/000277072. Link: Karger.

[3] TREVARTHEN, C. An appreciation of the interpersonal Psychology of Henri Wallon. Enfance, 1993. DOI: 10.3406/enfan.1993.2041. Link: Persée.

[4] PROSPECTS Editorial. Henri Wallon. Prospects, v. 24, 1994. DOI: 10.1007/BF02195303. Link: Springer.

[5] GEE, D. G.; COHODES, E. M. Influences of Caregiving on Development: A Sensitive Period for Biological Embedding of Predictability and Safety Cues. Current Directions in Psychological Science, 2021. DOI: 10.1177/09637214211015673. Link: SAGE Journals.

[6] VAN SCHAIK, J. E.; HUNNIUS, S. Little chameleons: The development of social mimicry during early childhood. Journal of Experimental Child Psychology, 2016. DOI: 10.1016/j.jecp.2016.03.003. Link: ScienceDirect (Elsevier).

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